sexta-feira, 6 de junho de 2014


BANCO DE JARDIM


O banco do jardim
recebia nossos assentos.
entre tantas plantas,
mata em volta
seguia nosso olhar, desatento.
E todo o resto,
Outras pernas, outros corpos
outros sorrisos, outros gestos,
e nossos assentos, ali, colados
no banco todo pintado.
Entre um olhar e outro,
devaneio de pensamento,
que mesmo ali, ia longe,
em tantos outros momentos.
Roçava-me a mão na perna
com intenção boa,
de lembrar-me que a pouco
teu corpo roçava inteiro,
e nos ouvido cantavas
a poesia que ressoa.
Olhavas novamente, e o olhar
matreiro, de modo inteligente
dizia que dali a pouco
novamente viria,
e teu corpo no meu corpo,
em breve se encontraria.
E no banco de jardim
escondido em meio a mata,
guardava os pensamentos
e a ninguém revelava,
o desejo escondido,
sem do olhar escapar,
a vontade que ficava
do quando queriam amar.

Valentina Fraga

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